PORQUE NÃO POSTEI ANTES SOBRE O “DIA DA FAVELA”

Foto: Arquivo pessoal Favela no divã

Era menos de oito horas da manhã, quando recebo uma notificação de mensagem privada no Instagram. ” Fala mano, como está? Brow, não vai postar nada sobre o dia da favela, comemorado hoje: 04/11?” A mensagem era de um colega da zona oeste de São Paulo. “Estou bem, mano! E você? Obrigado por perguntar. Eu não vou postar nada sobre o assunto”, respondi.

Horas depois, ele realiza uma tréplica. “Ho, mano, tá tirando? Como você esqueceu esse dia? Tem que falar, reforçar, exaltar a favela”, disse com emoji de cara de raiva. No mesmo instante, fui para a contrarréplica gigante. “Ho, mano, entendo sua visão. Porém, essa pauta específica não é o foco do meu trabalho! Eu não esqueci, ou tive falta de conhecimento sobre o dia em questão, somente não é o meu trampo”, escrevi, enviei e continuei…

“Mano, eu estou mais para o Dia Mundial das Cidades, do calendário da ONU, comemorado no último dia 31 de outubro, do que o Dia da Favela. O meu projeto não é olhar para a favela, mas olhar além dela, com foco em outros horizontes. Se quiser marcar um telefonema ou vídeo, vamos conversar mais sobre. Deu para entender, mano?”, finalizei a mensagem com emoji com óculos.

O meu colega disse que eu não sou “o tal do Edu Lyra” e me bloqueou em todas as redes sociais!

Não entendi muito bem a tal referência com o empreendedor social Edu Lyra, mas uma coisa podemos ter em comum: Enquanto Lyra afirma que a miséria da favela vai virar peça de museu, eu estou falando que a estrutura urbana da favela pode virar uma cidade inteligente. Logo, vou falar sobre cidade, pois a favela eu já entendo.

Bem, já que eu citei o Dia da Favela, vou enviar essa reflexão do blog para o meu colega no WhatsApp, vai que ele entende e respeita minha visão…

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