CIENTISTAS APRESENTAM COMO SENTIMENTOS E PREOCUPAÇÕES DESENCADEIAM DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS

Foto por cottonbro em Pexels.com

Um estudo realizado por cientistas do Instituto de Tecnologia de Israel e publicado na revista científica Cell, ajuda a entender como sentimentos e preocupações desencadeiam doenças nas pessoas. De acordo com o artigo, isso acontece porque o córtex insular (área do cérebro) armazena um tipo de memória e, mesmo sem estímulos externos, dispara sinais para que o corpo apresente uma resposta inflamatória, compreendida como um mecanismo de defesa, uma espécie de sirene bioquímica para que o corpo produza proteção capaz de combater invasores ou inicie reparo de lesões.

Nesse sentido, as doenças psicossomáticas são causadas por problemas emocionais do indivíduo e representam a ligação direta entre a saúde emocional e a física. Ou seja, quando o sofrimento psicológico, de alguma forma, acaba causando ou agravando uma doença física.

Também chamado de transtorno de somatização, nesse processo a pessoa costuma apresentar múltiplas queixas físicas, em diferentes locais do corpo e que não são explicadas por nenhuma doença ou alteração orgânica. Geralmente os sintomas intensificam quando a pessoa se encontra em situações de estresse ou pressão emocional.

Ainda de acordo com o artigo cientifico, geralmente, a inflamação pode ser notada por alguns sinais, como vermelhidão, inchaço, temperatura local elevada, dor e perda de função da área ou órgão afetado, mas nem sempre esse tipo de resposta é desejada, como no caso de algumas doenças inflamatórias que têm um gatilho baseado em pensamentos e no estado psicológico da pessoa.

As doenças escolhidas para o experimento serviram para mapear como o córtex insular codifica e armazena os sentimentos. A estratégia para entender como isso funcionava foi usar “etiquetas moleculares”, capazes de denunciar o comportamento dos neurônios durante os eventos inflamatórios suscitados pela aplicação de substâncias químicas. Os autores explicam que a pesquisa ajuda a expandir o conceito tradicional de memória imunológica.

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