É com muita alegria que compartilhamos a pré-venda do nosso livro:Adquira a obra no link: https://www.eviseu.com/pt/livros/2339/favela-no-diva
PREFÁCIO II
O Reverendo Esny Cerene Soares, registrou o prefácio do segundo volume da nossa obra. Ele é Teólogo e pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e pastoreia a IPI de Vila dom Pedro I desde 2002. Nosso convidado é também professor, psicólogo, advogado, mestre em Ciências da Religião e Doutor em Psicologia. Esny gentilmente analisou e compartilhou o seu conhecimento na abertura do livro que em breve sai do forno. O volume I está na fase final de editoria e o II entra para correção. O terceiro está em processo de escrita. Tem muita coisa boa para acontecer. Torça por nós!Aguarde! Foto divulgação
PREFÁCIO
Foto: Divulgação O primeiro volume da nossa obra foi prefaciado pelo pastor e professor da Faculdade de Teologia da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, Leontino Farias dos Santos. Ele é Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Bacharel em Teologia (FATIPI-SP), Mestre em Ciências da Religião – Área de Concentração Ciências Sociais (UMESP) e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Holística. O livro continua em produção editorial e em breve teremos novidades. Acompanhe o trabalho também pelas redes sociais!
EU NÃO PEDI PARA NASCER… NA FAVELA
Eu estava na barriga da minha mãe acolhido, aquecido, alimentado e de repente alguém me puxa para um ambiente iluminado e gelado, começam a me espancar com um tapa na bunda e sinto dor para respirar, um desespero para soltar o ar, onde libero um grito, choro e clamo por socorro. Descobri que tenho o primeiro sintoma neurótico por fazer expectativa por algo que eu não conhecia, já que o momento mais sublime do meu nascimento em um novo mundo é carregado dedor e ansiedade. Mas, será que não tem como eu voltar para a barriga da minha mãe? Eu cresci lá, o que estou fazendo aqui? Falaram que este pode ser um assunto teológico sobre Adão e Eva para outro assunto, mas agora quero conhecer a minha história e não saber dos outros. Acabei de ter uma informação mais técnica. Estou neste mundo para desenvolver e que a barriga da minha mãe era apenas uma realidade do grande homem que eu vou me tornar. Mas, existe algo errado. Depois que eu nasci, me colocaram em uma caixa de plástico cheia de fios e em um ambiente com muito barulho, o que vocês estão fazendo comigo? Eu quero os meus direitos! Uma mulher apresentada como enfermeira, disse que eu nasci prematuro no sétimo mês de gestação e estou em uma incubadora, o melhor local para crescer com segurança. Mas, e aquela história que eu nasci para desenvolver e ser um grande homem, se estou preso aqui? O meu colega de incubadora ao lado explicou tudo. Com o nascimento antes do tempo, precisamos ficar aqui para respeitar a cronologia e crescer. Depois disso, vamos para o “mundão”. Gente, que alvoroço é este, a enfermeira está chorando. O meu colega do lado morreu. O que é morrer?Eu só sei o que é nascer. -Colega, fala comigo, você não responde, o que houve? Isso só pode ser um sonho, que coisa confusa. Acorda! Acorda! Gente, pera aí. Será que eu sou o próximo a morrer? Eu não sei o que é isso, mas estou morrendo de medo. Que trocadilho infeliz, vou chorar… Acordei agora e não me lembro de mais de nada. Gente, estou saindo do hospital! Olha só os meus progenitores, tão bonitos, meu papai e mamãe. Eles estão me levando para o local que eu vou me desenvolver e ser um grande homem neste novo mundo. Pessoal, que lugar bonito, espaçoso e organizado! O meu lugar que eu vou viver e crescer, ueba! Opa, espera um pouco. Entramos em uma incubadora gigante com rodas, chamado de carro. Estamos andando, que legal. Espera aí, espera, não estou compreendendo, o lugar bonito, espaçoso e organizado era a área externa do hospital, então não é o lugar que eu vou me desenvolver. O meu pai está falando, vamos ouvir: -Graças a Deus conseguimos pagar um convênio para o nosso filho e agora vamos para casa, filhão! Opa, este deve ser o local que eu vou desenvolver e crescer. Vou dormir um pouco. “Estamos chegando, filhão”, gritou o meu pai. Calma lá. Que lugar é este? Gente, alguém chama os Direitos Humanos, estou em um lugar desorganizado e apertado. Pai, presta atenção, onde estamos? Ele não me ouve, vou chorar… -A favela recebe o seu novo rei. Aqui está o seu lar, meu filho! -Pai, se eu sou uma majestade, cadê o meu palácio? Que lugar barulhento, apertado, desorganizado pai,que lugar é este? -É o melhor que podemos oferecer, filho. -Eu entendo, mas não concordo. Vou parar de respirar… -Não consigo, vou chorar! -E aquela história que eu iria me desenvolver é tudo mentira, pai? -Apenas a realidade, meu filho. -Eu não quero esta realidade. Depois de nascer com dor no peito, ficar em uma incubadora, recebo outro trauma: Crescer na favela. Mundo injusto e cruel…
DIAGNÓSTICO
Foto: Getty Images Aglomerado Subnormal…
POR QUE O PONTO DE LIXO VICIADO NA FAVELA?
Foto: Marcelo Barbosa, Ponto de lixo viciado em SP.
SAIU DO FORNO!
A capa do primeiro volume do livro Favela no divã, com selo da Editora Viseu, saiu do forno! A obra continua no processo editorial e em breve teremos mais novidades! Se acredita no valor do nosso trabalho ou tem interesse em conhecer mais, aproveite para acompanhar nossas páginas nas redes sociais, nos links a seguir: https://www.instagram.com/favela_no_diva/https://www.facebook.com/favelanodivahttps://twitter.com/favelanodiva #favelaepsicanalise #favelanodiva #ressignifique #psicanalise #favela
FAVELA PERDE SUA ESSÊNCIA NO COMBATE À COVID-19
Foto por Asiama Junior em Pexels.comÉ de se saber que o nascimento de qualquer favela no Brasil, acontece em geral, pela falta da habitação. É um “parto não planejado” e com isso sua estrutura urbana totalmente irregular. Ela não deveria existir em nosso país, mas a irresponsabilidade dos pais, que pode aqui ser representado por qualquer governo e época, gerou uma criança indefesa e sem apoio existencial. Viver em um ambiente caótico, ensinou aos moradores de favelas a sobrevivência de forma coletiva, começando com a defesa do seu direito de morar que queria ser “abortado’ pelos pais governantes. Depois de vencer esta luta, ajudar ao próximo se tornou um hábito com troca de alimentos, favores e muitas ideias. Lembro quando ainda menino, em Heliópolis, na zona sul de São Paulo, um período da década de 80 em que os próprios moradores construíram o asfalto da rua com os materiais entregues pela Prefeitura, fazia a gente ter uma sensação de pertencimento. Naturalmente, com o tempo a criança favela cresceu e mesmo em um cenário de desorganização, conseguiu se fortalecer. Ela descobriu sua “floresta de concreto e aço”, cantada pelo grupo de rap paulistano, Racionais MC´s e expandiu. Boteco e drogas não era mais a única referência, pois começou a se entender outras formas de consumo, investimento e termos de gente rica como renda passiva. Não era necessário mais ir ao centro da cidade para comprar um sabão, pois o Joaquim da esquina vendia. A Maria dos doces, tinha o que a molecada queria, e ao seu lado, uma casa de construção, a loja de roupas, a padaria, sorveteria, a igreja evangélica, a católica, a umbanda, a quadra de futebol e pracinha. A favela cresceu sem urbanização e mesmo com a irregularidade em sua estrutura, muitas se consolidaram, como as favelas de São Paulo, Heliópolis e Paraisópolis. Mas, após visitar os dois locais periféricos, este contexto de luta e superação sumiram da minha mente ao ver o comportamento inconsciente dos moradores diante do vírus que assola o mundo. As rodas de samba, pagode e os pancadões acontecem naturalmente, as pessoas nas ruas não mantém distanciamento e todos os comércios abertos, com a maioria oferecendo poucas instruções sobre a doença. Me senti um estranho por estar usando máscara e um idiota com álcool gel no bolso, a ponto de compreender que o local fosse imune ao vírus, como se a favela fosse outro universo diante da pandemia do covid-19 que completou um ano no Brasil. Após pesquisar, encontrei em ambas as favelas, casos de mortes e pessoas internadas por conta da doença infecciosa. Conversando e questionando alguns moradores sobre a realização de uma ação prática de conscientização, ouvi que as pessoas não estão se importando porque a própria favela é um aglomerado subnormal, como descreve o IBGE e não existe espaço para distanciamento. Concordei com as pessoas que pela estrutura desorganizada da favela, as ruas, vielas e becos é impossível ter um distanciamento mínimo, mas e se conversasse para sair de casa somente quando necessário ou ainda organizasse um rodizio para sair na rua ou ir para determinado local? Riram da minha cara… Parece que aquela favela do passado que lutava pelos seus direitos, que se protegia e que tinha coletividade ficou no período da infância. A favela atual é um adolescente rebelde em busca de prazer próprio.
MARCELO BARBOSA ENCONTRA COM JOVENS DO PROJETO PESCAR DE SUZANO
O escritor do livro Favela no divã, Marcelo Barbosa, encontrou com a coordenadora do Projeto Pescar de Suzano, Gisele Marques, e os jovens atendidos pelo programa de desenvolvimento pessoal, cidadania e qualificação profissional. Utilizando todas as medidas de segurança sanitária contra à Covid-19 e variantes, a reunião ao ar livre, aconteceu na manhã ensolarada de sexta-feira, 21 , no Parque Municipal Max Feffer, no município de Suzano, região Metropolitana de São Paulo. Na oportunidade, o autor foi pauta da matéria jornalística da repórter Mariana Acioli, do Diário de Mogi, que em breve estará disponível. Na ocasião, Barbosa falou sobre a obra literária, as experiências, desafios e superações que teve com o mundo do trabalho, tema apresentado em Favela no divã. Relatou sobre as faltas de políticas públicas em sua época de adolescente, as formas que obteve apoio ao mercado de trabalho, reforçando a importante de valorizar, acompanhar e defender os direitos das crianças, adolescentes e jovens, citando as diversas investidas jurídicas contra o Programa de Aprendizagem, principal porta de acesso de trabalho e qualificação profissional dos jovens. Mediado pela coordenadora Gisele Marques, o escritor falou ainda sobre sua aproximação com a psicanálise e como a técnica foi utilizada por ele como uma ferramenta de autoconhecimento e saúde mental. O autor deu dicas de como ficar atento diante das pressões sociais, indicou exemplos práticos e agradeceu a oportunidade de ver todos os jovens pessoalmente.