GOVERNO DA SUÉCIA DEFENDE LIVRO DE PAPEL NA ESCOLA CONTRA DIGITALIZAÇÃO

Autoridades concluíram que digitalização na sala de aula, pode transformar a próxima geração de estudantes suecos, em analfabetos funcionais.

Foto por Andrea Piacquadio em Pexels.com

Texto adaptado de Anne-Françoise Hivert, correspondente na Suécia para o jornal diário francês, Le Monde.

O governo sueco decidiu parar o programa de digitalização das escolas e voltar a investir no livro de papel dentro da sala de aula, com previsão de investimento em livros físicos no valor de 60 milhões de euros – até o fim do ano,  bem como 45 milhões de euros em 2024, com o intuito de substituir o tablets nas instituições escolares.

Lotta Edholm, ministra da educação da Suécia, advertiu: “estamos em risco de criar uma geração de analfabetos funcionais” devido à forma “acrítica” como se aborda a “experiência” da digitalização das escolas.

Para reverter a situação, além de barrar a estratégia de digitalização, Lotha lançou um programa de reintrodução dos livros para recuperar a capacidade de leitura dos estudantes. Os livros têm “vantagens que nenhum tablet pode substituir”, argumenta.

O plano prevê o investimento de 150 milhões de euros até  2025. “O relatório do PIRLS é um sinal de que temos uma crise de leitura nas escolas suecas. No futuro, o governo quer ver mais livros didáticos e menos tempo de tela nas escolas”, diz a ministra.

A ministra abandonou assim um programa ambicioso de digitalização elaborado pelo Agência Nacional de Educação (Skolverket) e decidiu basear a sua decisão no aconselhamento de profissionais de saúde, que são favoráveis a um papel reforçado do livro em papel.

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