Foto por Rahul Shah em Pexels.com
Completando quatro meses do lançamento do livro Favela no divã, a percepção do desgosto do brasileiro pela leitura se intensificou. Ter um colega, amigo ou parente como escritor, não fortaleceu a curiosidade literária, das quase três mil pessoas próximas a mim. Os meus leitores, o dobro desse número, se interessaram pela temática de psicanálise ou de favela, onde a maioria eu nem conheço de vista e pessoalmente. É um diagnóstico ruim ou santo que é de casa não faz milagre?
Realizando o meu planejamento mensal do ano 2022, me deparei com alguns arquivos de estudos, onde um documento me chamou muita atenção. Trata-se de um material sobre a pesquisa Retratos da Leitura, do ano passado, coordenada pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural e realizada pelo Ibope.
O conteúdo da época, apontava muitos dados ruins – e o principal é que diminuiu de 56% para 52% o número de leitores no Brasil. A pesquisa entende o leitor como alguém que leu, inteiro ou em partes, pelo menos um livro nos três meses anteriores ao levantamento.
Ainda de acordo com os dados pesquisados, quem não lia, deu os seguintes motivos, entre outros menos significativos: falta de tempo (34%), não gosta (28%), não tem paciência (14%), prefere outras atividades (8%), tem dificuldade para ler (6%).
Em 2021 caiu o número de leitores no geral, mas cresceu o de crianças leitoras entre os 5 e 10 anos – a única faixa etária que teve um desempenho melhor em 2019 do que em 2015, períodos esses registrados pela pesquisa.
Bem, este é o meu nicho de mercado e desafio: Ser um escritor brasileiro conhecido, lido, fonte de inspiração literária.
Vou em frente, pois a vitória vem com pequenas ações diárias…